
Bruno Ribeiro, presidente estadual do PT.
Foto: Brenda Alcântara / Folha de Pernambuco
Por: Juliano Muta / Por: Folha PE
Em entrevista à Rádio Folha FM (96,7), nesta terça (29), o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro comentou sobre as críticas feitas pela deputada federal eleita Marília Arraes em relação à indicação de Dilson Peixoto como nome do PT na Secretaria de Desenvolvimento Agrário, no governo Paulo Câmara.
Marília, uma das principais críticas à aliança entre PT e PSB nas últimas eleições - decisiva para a retirada de seu nome da corrida ao Palácio do Campo das Princesas -reclamou da falta de debate interno para a indicação de Dilson como nome do PT no governo. "Não é questão de ser contra ou não. Eu sou contra qualquer discussão tomada arbitrariamente, principalmente num partido que sempre teve como marca a democracia interna", disse a parlamentar em entrevista ao Cafezinho.

Foto: Anderson Stevens / Folha de Pernambuco
Segundo ela, a composição do governo, do espaço por parte do PT foi tomada de maneira "antidemocrática". A respeito dessas declarações, Bruno Ribeiro procurou apontar para o pluralismo de opiniões dentro da legenda e negou ter havido qualquer imposição. "Foi garantido o espaço de quem concordava com aliança. A escolha recaiu sobre um companheiro que tem uma história importante no PT. O Partido tem a marca da diversidade, da pluralidade e do convívio de opiniões, que às vezes são consensuais e outras diferentes. O PT não tem dono e nem censura", afirmou.
Para Bruno, "há uma questão maior, que é a articulação das forças de centro esquerda para fazer a defesa das ameaças aos direitos dos trabalhadores, às privatizações anunciadas numa velocidade inaceitável", alertou. Ribeiro disse que já estão em curso discussões dentro das instâncias da legenda, a exemplo de uma reunião do diretório que já está sendo agendada, num "esforço comum para o convívio de posições que são respeitáveis". "Houve realmente essa manifestação de desconforto de quem, não concordando, quer o debate. E eu garanto que vai haver esse debate", antecipou.
"Os que não querem participar [do governo] têm seus motivos e os que querem também. esse debate vai ser incorporado progressivamente no partido", ponderou Bruno. "Não é justo querer compreender o PT a partir de cargos. Não é isso que motiva nem os que tem uma posição crítica quanto os que defendem", pontuou.
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